Gualter Correia

Um jovem atleta natural de Peniche, empenhado totalmente no seu desporto, e com objectivos bastante definidos para o seu futuro... Fica a conhecer melhor mais uma jovem esperança no Bodyboard português!

 

 Nome: Gualter Correia

Alcunha: Kentuki, (mas só para os amigos).

Data de nascimento: 12 de Julho de 1990

Natural de: Peniche

Anos de bodyboard: 9

Competição ou free-surf: Ambas as duas vertentes

Apoios/patrocínios: Refresh Boards  

Onda preferida: Supertubos

Viagens realizadas: Pelo sul e norte de Portugal, e Bilbao (Espanha)

Viagens de sonho: Indonésia, México e Filipinas

O teu maior susto: Quando levei com uma onda nos Super de 2 metros totalmente seca, bati com a cara no fundo e fiquei com uma ferida mas nada de mais, mas deu para o susto.

Ídolos (masculinos e femininos) no desporto: mundialmente gosto de Mitch Rawlins, Ryan Hardy, Dave Winchester, e Neymara Carvalho.

Um momento que nunca te esquecerás: Aquela surfada no Molhe Leste mais o Jony, às 8h da manhã, um metro perfeito, só nós os dois a curtir e aos gritos a cada onda que passava. Foi uma coisa inesquecível!

 

   Boas Gualter! Antes de mais, obrigado pela disponibilidade em responderes à nossa entrevista. Conta-nos como tudo começou, como é que o Bodyboard apareceu na tua vida e qual a importância desta modalidade para ti?

   O bodyboard apareceu na minha vida aos 10 anos, em pleno Verão, quando a minha mãe me comprou uma daquelas pranchas de esferovite, comecei a praticar e, à medida que o tempo foi passando ia evoluindo... O meu tio “Faxica” falou com o Gato, que na altura era o shaper das pranchas da Lazer, e ele produziu-me a minha primeira prancha profissional de bodyboard e a partir daí foi só evoluir. A importância que este desporto tem na minha vida é muita... Pois se estou alguns dias sem o praticar fico stressado, necessito dele para aliviar os problemas e esquecê-los e é um desporto que me fez e faz evoluir muito, não só como bodyboarder, mas tambem como pessoa.

   Já não imaginas o teu dia-a-dia sem o bodyboard! Conta-nos como é que passas o teu tempo e quem é a “trupe” com quem costumas surfar?

   O meu tempo normalmente é passado dentro de água. Sempre que posso estou a surfar e a evoluir, quando acordo de manhã vou logo ao windguru ver as previsões e se estiver bom pego logo no meu material e sigo para o mar! Quando não há ondas, ou estou com a namorada ou com os amigos a meter as conversas em dia e a rir à grande!

   A trupe com quem costumo andar são: Jony, Farricha, Paulinho, Silvano, Hugo “Macaco” Nunes, Hélio “Laranja” Conde, William Lourenço, Telmo Soares, Telmo Nascimento, é a escumalhazinha, desculpem se me esqueci de alguém malta!

   Sabemos que Peniche é uma fábrica de bons bodyboarders. Diz-nos quem é que gostas mais de ver a partir a loiça, a nível local?

   O nível de bodyboard cá em Peniche é uma coisa extraordinária, há um nível muito elevado! Mas quem eu gosto mais de ver a andar cá é o Hélio “Laranja” Conde, Hugo “Macaco” Nunes, Silvano Lourenço e William Lourenço, na minha opinião são quem surfam mais neste momento!

   E a nível nacional e internacional?

   A nível internacional, como já mencionei, é o Ryan Hardy, Mitch Rawlins e Dave Winchester!

   Descrevo-nos o que é uma sessão clássica para ti…

   Uma sessão clássica para mim é 2 metros perfeitos nos Supertubos, com a malta de Peniche, tudo a curtir e aos gritos ao ver as manobras a saírem umas atrás das outras. Ahh!, e de preferência, com um dia de sol eheheh.

   Então e como seria uma trip perfeita para ti?

  Uma trip perfeita para mim era 3 ou 4 amigos com uma carrinha grande e conhecer todas as ondas a nível europeu, isso era lindo, já a contar com noitadas e tudo! Ahahah

   Sabemos de antemão que és um atleta com azar aos patrocínios. Consegues explicar-nos como é que um miúdo com as tuas qualidades não consegue mais apoios para correr na íntegra o Open e, quem sabe, participar em uma ou duas etapas do ETB?

  Simplesmente não sei explicar porquê, nem eu ainda consegui entender. Em Portugal, tal como no resto do mundo, há injustiças e se calhar os tais patrocínios deviam abrir mais os olhos e, em vez de patrocinarem “à parva”, sem saberem bem as potencialidades dos atletas, deviam ir à praia ver o surf que eles apresentam, se calhar é ai que está o erro, mas pode ser que qualquer dia eles vejam isso, quem sabe… Não se sabe o dia de amanhã, enquanto isso não acontecer, vou fazendo o meu surf, curtindo as minhas ondas como sei e tirando os meus resultados! 

  A nivel de competições? Que objectivos tens traçados para o futuro? Queres revelar? 

  A nivel de competicões é conforme os patrocinios que aparecer futuramente... Queria correr o nacional e o europeu, ser top 5 nacional e top 16 europeu, mas se não haver qualquer tipo de apoios, não espero certamente correr um nem outro circuito.

   Define-nos a tua linha de onda e o que é que fazes para treiná-la?

  Na minha opinião a minha linha de onda e uma mistura de fluidez com power, tento sempre misturar as duas coisas, para ter um surf perfeito e eficaz nos momentos críticos, como o caso das competições! O que faço para treiná-la é surfar, surfar e surfar! Não a melhor treino que esse!

   Para terminar a entrevista, queres deixar alguma mensagem?

  Queria agradecer às pessoas que organizaram esta entrevista, agradecer aos meus pais que, sem o apoio deles, não era nada neste mundo do bodyboard!! agradecer aos meus amigos e namorada pelo apoio e, também, à Refresh Boards, que é o único patrocínio que me apoia bem e que vê realmente o meu potencial!

  Curtam as ondas sempre tranquilos pois o mar é de todos e, com boa vontade, todos evoluímos e todos apanhamos ondas! Boas ondas para todos, obrigado!

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 O vidadepatos agradece com especial atenção ao Paulo Fernandes, pela possibilidade desta entrevista.

 

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