An"tó"nio Cardoso

  Um jovem atleta natural da Nazaré, viciado pelo bodyboard e cheio de vontade de alcançar tudo o que a vida lhe proporcionar. Actualmente um bodyboarder que pertence à team deeply, e apontado como uma grande promessa para o futuro.

Nome: António Henriques Cardoso

Alcunha:
Data de nascimento: 11 de Maio de 1992
Natural de: Nazaré
Anos de bodyboard: 5 anos
Anos de competição: 4 anos

Competição ou free-surf: Free surf. Free surf é ondas boas, manobras powers, o convívio com os amigos, proporciona grandes aventuras. É sem duvida no free surf onde me destaco mais. A competição é um refugio para conhecer outras pessoas, novos talentos, mostrar o meu valor e principalmente divertir-me. AH…. E ver sempre os mesmos “ninjas” a ganhar os campeonatos. (risos)
Apoios/patrocínios: Deeply, Clínica do Sitio (Sitio da Nazaré), Herbalife (destribuidor independente, Marco Aço), e principalmente o apoio da Família.

Melhor praia: Praia do Norte, Nazaré
Spots onde costumas surfar: todas as paraias da Nazaré, Peniche (supertubos e molhe leste), Ericeira, e de resto é secrets.
Onda favorita: El Fronton, ate agora…
Manobra de eleição: Invertido Aéreo
Viagens realizadas: Gran Canaria
Viagens de sonho: Indonésia, Austrália, Filipinas e Tahiti.
O teu maior susto: Na praia do norte. Tudo se passou num dia clássico e grande. Foi o melhor dia da praia do norte este ano. Estava com a malta da figueira, com o Faustino e o Gastão dentro de água. Já tinha feito algumas ondas, e quando remei para fora para apanhar a próxima, entra um set perfeito. Não apanhei a primeira, mas sim a segunda, a segunda era grande, perfeita, agressiva, cheia de agua, e o tubo era muito rápido. Estava cansado quando apanhei a onda, daí o susto, mas ela era tão boa que não a podia perder, então arrisquei com fé de sair do tubo, mas não tive sorte e fiquei muito tempo debaixo de água.

Ídolos (masculino e feminino) no desporto: Internacional : Ben Player, Teresa Duarte.

Olá António, antes demais obrigado pelo tempo dispensado para esta entrevista. Queres nos contar como é o teu dia a dia?

  Quando estou de férias... mal acordo, tenho de saber como esta o mar, vou à internet ver as webcams e as previsões. De seguida entro em contacto com os meus melhores amigos, como por exemplo o Luís Coelho, e combinamos a surfada. Nos dias em que não há ondas, ou andamos de skate ou fazemos praia. Passo também muito dos meus dias á procura de ondas com a minha namorada Catarina. Todos os dias tenho de surfar. Nunca posso ficar parado no mesmo sitio. Consegui arranjar um emprego muito fácil e pouco tempo, ajudando assim a juntar dinheiro para as viagens. Em tempos de escola, nunca deixo de saber como está o mar, e quando tenho espaço de tempo nas aulas intercalares, aproveito para dar uma surfada. Alguns fins de semana costumo sair á noite, e quando não há ondas e me der na cabeça, aproveito para treinar tecnicamente e psicologicamente para o meu desporto.

Consegues explicar-nos que vicio é esse que se dá pelo nome de Bodyboard?

  É simples, é uma prancha mais pequena que as de surf , onde nos colocamos em cima dela, e fazemos diversas manobras e apanhamos diferentes ondas. O Bodyboard foi a melhor coisa que me aconteceu e quando saio dentro de água, sinto-me diferente, muito mais calmo e com mais paciência para resolver os meus problemas. Mas o bodyboard não serve só para “alinhar os sacras”, é também um desporto de adrenalina para quem gosta de aventurar-se. Faço Bodyboard á 5 anos e já senti coisas incríveis que nunca na vida imaginaria sentir em qualquer outro desporto. Isto que falo, só um bodyboarder consegue sentir.

Quem nomearias se te pedissem para escolheres o top 5 dos bodyboarders favoritos?

  Internacional: Ben Player, Pierre Louis Costes, Mitch Rawlins, Ryan Hardy, Damien King.

  Nacional: Luís Porkito Pereira, Hélio laranja Conde, Luís ben Coelho, Manuel Centeno, Fábio Marreta Laureano.

 

E por Portugal, quem mais gostas de ver dentro de água?

  Laranja

Descreve-nos como seria uma trip de sonho para ti...

  A primeira seria sem duvida para a Indonésia, com o objectivo de encontrar ondas perfeitas com o objectivo de melhorar o meu surf. Ficava lá durante 2 meses. Procurando ondas por todas as ilhas, claro! Quando soubesse que ir entrar algum swell nas Filipinas, deslocava-me imediatamente para Cloud 9.

Qual foi o momento mais Hardcore que tiveste até agora na àgua?

  Foi numa sessão na Cave. Não estava muito acessível mas os tubos eram incríveis, um autêntico filme de terror. Também fiquei dentro do tubo. Tive mesmo muito medo de ir á pedra. Mas só de ver o tubo por dentro da onda, é uma sensação que com certeza não iria ter se não fizesse bodyboard.

Com quem costumas surfar no teu dia a dia?

  Luís Coelho, Marco Aço, a Catarina, Bruno Neves, toda a malta dos BTR, Gudo, e o resto do pessoal todo que faz bodyboard da Nazaré.

Como te defines como bodyboarder?

  Dentro de água, tenho um surf calmo, fluido e bonito. Tento sempre melhorar o meu próprio estilo e a qualidade das manobras.

Como pessoa, acho que o bodyboard fez maravilhas, agora sou mais tranquilo, tenho mais amigos, mais conhecimentos e sinto-me muito feliz, e realizado de cada fez que entro e saio dentro de água com uma prancha de bodyboard na mão.

 

Sendo tu apontado como uma jovem promessa no bodyboard, o que podemos esperar de ti no futuro?

  Esta é a pergunta mais difícil. Eu vou continuar a fazer o meu trabalho, mas o que eu queria mesmo era ter o meu nome registado em alguma parte do mundo. Num futuro próximo gostava de ir ás melhores etapas do mundial, ou seja com as melhores ondas, e adaptar-me ao verdadeiro bodyboard, surfando com os top 5 internacional que mencionei anteriormente. Quero ser top 16 mundial, mas como é que eu vou fazer isso? Os patrocínio em Portugal são muito reduzidos, e onde deviam apostar mais é no Bodyboard, que é este que espalha o nome de Portugal pelo mundo inteiro, não é o Surf. Se apoiassem mais o bodyboard iríamos ter muitos mais campeões e muito mais títulos. Se não der para realizar este sonho, só quero ter saúde para trabalhar para viajar, surfar altas ondas na Austrália, e construir uma boa vida.                                                                                                        

Estamos a terminar a entrevista, queres deixar alguma mensagem final?

  Estou sempre á espera de melhores oportunidades para concretizar o meu sonho. E não desistem dos vossos sonhos, porque algum dia iremos ser recompensados. 

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