Cuidados a ter no bodyboard!

14-06-2009 11:35

 O bodyboard, como todos os outros desportos, é também um desporto bastante exigente. Longas horas passadas dentro de água, deitados em cima de uma prancha a remar à procura da onda perfeita...

  Neste modalidade, quer os membros superiores, quer os membros inferiores são muito solicitados. Os membros inferiores são essenciais para a propulsão e para optimizar o desempenho, é universal o uso de “pés de pato”.

  A prática regular do bodyboard leva um fortalecimento de todos os músculos dos membros inferiores: glúteos, quadricípete, isquio-tibiais e gémeos. A permanência prolongada deitado na prancha em decúbito ventral, com elevação da cabeça, leva a um fortalecimento dos extensores da coluna.

  As lesões mais frequentes são as contusões da face e tronco causadas pelo contacto com o fundo de mar ou com a prancha. Pelo facto de serem estruturas muito solicitadas, os ombros e a coluna vertebral são frequentemente origem de dor. Numa sondagem recente, feita na internet, cerca de 20% dos bodyboarders referiram ter dor lombar crónica.


  Os ouvidos também sofrem com a exposição repetida a água fria, que leva ao aparecimento de otites externas e de exostose (crescimento ósseo para dentro do canal auditivo). Quedas bruscas na água, como no wipe-out, podem dar origem a rotura da membrana do tímpano.
É necessário ter cuidado com a exposição solar da pele e olhos ao sol, usando protector solar e roupa.

  Apesar de tudo, o bodyboard é um desporto mais seguro que o futebol ou o basquetebol, com cerca de 6.6 lesões significativas por 1000 horas de prática.
Existem formas de prevenir algumas destas lesões como o uso de protecções, uso de capacete e “tampões” para os ouvidos. Mas normalmente não são bem aceites pela comunidade surfista/bodyboarder.

 

Um artigo de: Rita Tomás
Medicina do Exercício, Club Clínica das Conchas
Pós-graduada em Medicina Desportiva pela SPMD
Mestranda em Exercício e Saúde pela FMH.
 

Voltar
Vidadepatos